quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Graduação em Jornalismo da UFMT Araguaia proporciona inovações na comunicação regional, mas imprensa prefere o tradicional

Com a abertura da graduação em jornalismo em 2009, na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia (UFMT/CUA), a cidade de Barra do Garças avançou e aperfeiçoou seus profissionais da área jornalística para a produção midiática na região do Médio Araguaia.

Como o corpo docente do curso de Jornalismo inicialmente era composto por educadores do curso de letras, no ano de 2013 foram realizadas as primeiras contratações docentes para a área destinada à graduação, por meio de concurso público.

 

 O professor de Jornalismo da UFMT/CUA, Edson Spenthof, relata que “em termos de conteúdo e da relação em sala de aula, os alunos do Araguaia recebem, por isso dizer, o mesmo ensino, às vezes até superior a diversos cursos privados Brasil afora”.

 

Como destaca Spenthof, “os nossos egressos saem daqui preparados para atuar em qualquer parte do Brasil e fazer mestrado e doutorado, como temos visto”.

 


Egressos no mercado

 

 Professores Alfredo Costa, Gibran Lachowisk,  Leandro  Gomes (no fundo) e Patrícia Kolling (mais à frente), ao lado de estudantes durante participação em evento de Jornalismo em 2012, realizado em Mato Grosso do Sul. Imagem: Mirian Barreto.

 

A primeira turma de jornalistas recebe o diploma em 2012, quando chegaram ao final dos quatro anos. Como destaca Mirian Barreto Lellis, que faz parte das atividades iniciais da graduação, a qualificação dos estudantes já no início do curso permitiu que estes egressos fossem selecionados para estágio e correspondentes para empresa de comunicação conhecidas no país, como Folha de São Paulo e G1. 

 

Ela relembra que, na “Copa de 2014 o ex-aluno Adilson China, fez a cobertura da copa para a Folha, algumas reportagens foram veiculadas nacionalmente, isso é algo que engrandece e fortalece o curso,” avalia.

 

Lellis, por sua vez preferiu entrar para o mundo da pesquisa, após concluir a graduação. Hoje é mestre em Estudos de Cultura Contemporânea pela Universidade Federal de Mato Grosso, e está concluindo seu doutorado, na mesma área de pesquisa. Além disso, voltando às origens, se tornou docente do quadro do curso de jornalismo da UFMT Araguaia, na modalidade contrato temporário.

 

O curso de jornalismo da UFMT Araguaia, ao formar Jornalistas, contribui para a mudança nas empresas de comunicação locais, com novos investimentos, e inserção de profissionais qualificados nas redações.

 

 

Imprensa regional

 

“Em Barra do Garças ainda há um predomínio muito grande de notícias sensacionalistas, especialmente as ligadas a crimes. A gente vê carros de imprensa dando plantão nas delegacias, esperando pelas principais fontes, mas não se vê carro de imprensa dando plantão em frente à Prefeitura, aos órgãos estaduais e federais aqui instalados, nas universidades ou em tantos outros locais que produzem notícias de muito maior relevância na vida individual e coletiva”, critica Spenthof.

 

O docente se diz também ficar surpreso “com a pouca absorção dos jornalistas egressos do nosso curso pela mídia local, embora esteja aumentando lentamente. Creio que isso se explique pela cultura e pela estrutura da mídia jornalística local”.

 

“Temos uma cidade peculiar em termos de meios de comunicação. Poucas cidades em MT possuem essa quantidade de mídia que temos aqui, [o mapeamento realizado em 2015 mostrava 10 mídias entre rádio, TV aberta e jornal impresso] para uma cidade do porte de Barra [do Garças], podemos considerar um número elevado de mídia”, porém como acrescenta, concorda que são poucas aquelas que têm em seu quadro de funcionários profissional formado em jornalismo, destaca Lellis.

 

Leia a íntegra da matéria de Sara Ribeiro e Marcos Antônio no site da Focaia.

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