Jornalista sente um friozinho na barriga.
Quando começa a faculdade cheio de incerteza.
Quando sonha com o TCC.
Quando cai todo cru no mercado de trabalho.
Quando vai para a primeira pauta da vida.
Quando faz uma entrada ao vivo na TV.
Quando se aventura pelo jornalismo diário.
Quando escuta o chefe berrar “voa pro incêndio na favela agora”.
Quando o motorista doidão do jornal anda a 120 por hora para chegar à favela.
Quando vê o deadline estourando. E o bloqueio não ir embora.
Quando entra com uma microcâmera escondida (não me pergunte onde) no gabinete do vereador corrupto.
Quando chega a sua vez de fazer a pergunta na coletiva lotada.
Quando fica de frente com o seu ídolo da música para uma entrevista.
Quando precisa usar o inglês meio enferrujado.
Quando o namorado(a) vai emitir uma opinião sobre a sua grande matéria.
Quando resolve malocar uma empadinha do brunch no bolso. Ou melhor, várias empadinhas.
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