sábado, 12 de janeiro de 2013

Governo do Paraná foi condescendente com a situação, diz Mauri König sobre ameaças após reportagem


O jornalista paranaense, Mauri König coordenou uma série de reportagens publicadas pela Gazeta do Povo sob o título "Polícia Fora da Lei", que denunciava supostos desvios de uso do fundo rotativo da Polícia Civil e o uso irregular de viaturas destinadas ao trabalho das polícias Civil e Militar e, em seguida, passou a ser ameaçado. Afastado do Brasil, ele, em entrevista ao portal Terra, explica que o governo do Paraná, estado comandado pelo tucano Beto Richa, foi condescendente com a situação. "O governo fez pouco caso das ameaças ocorridas em maio, deu pouca importância", diz.

König afirma que não tem dúvidas de que as ameaças tenham partido de setores da polícia paranaense. Ele fala ao Terra que é fundamental uma investigação sobre o caso. "A Gazeta do Povo já informou a secretaria de Segurança Pública o número dos telefones públicos de onde partiram as ligações para descobrir quem é o policial que fez o alerta e a partir dele descobrir como ele soube desta informação. Não é uma ameaça de marginais. É uma ameaça que partiu da estrutura do Estado, de agentes públicos de segurança. É mais grave que uma ameaça de delinquentes", lamenta.

Sobre sua atuação como jornalista, o profissional revela ter pensado muito sobre o assunto e que se soubesse das consequências ficaria em dúvida se faria novamente a série de denúncias que resultou em sua saída do país. "Refleti bastante sobre isso. Se eu soubesse dessas consequências, eu estaria em dúvida se faria novamente. Isto implica na vida de muita gente. A intenção era contribuir com a sociedade. Mas, tenho dúvidas se faria da forma que fiz novamente. É um preço muito alto. Não interferiu apenas na minha vida. Acaba refletindo na vida da família e aí que preocupa. O que sei fazer é jornalismo e não vou deixar a profissão. Mas, vou repensar um pouco sobre isso", comentou. Questionado, König conta que não há interesse na investigação por parte do governo porque existe um "corporativismo" em que um acoberta o outro dentro da polícia. O repórter entende que houve punições apenas para policias suspeitos de terem contribuído com informações para o veículo.

A entrevista feita pelo repórter Carlos Ohara ainda aborda os resultados das denúncias do jornalista, como os rearranjos internos na cúpula da Polícia Civil, e detalhes de como a família dele reagiu às ameaças. Via C-SE.

2 comentários:

Patrícia Alcântara disse...

Olá

Como vai?

É possível receber mais informações sobre a oferta de emprego para jornalistas em Jaciara?

Atenciosamente

Patrícia Alcântara




CiberCerrado disse...

Patricia,
Consulte o site Tela Brasileira no endereço abaixo: http://www.telabrasileira.com.br/jobsboard_detail.php?affid=genRSS&job_uid=25091335&idx=41&utm_source=jooble&utm_medium=cpc&utm_campaign=jooble

Abs,
Alfredo