quarta-feira, 22 de junho de 2016

“Quem é jornalista é jornalista 24 horas por dia”, diz apresentadora da RBS

De segunda a sábado, o telespectador gaúcho que liga a televisão no programa 'Globo Esporte RS', às 12h50min, é recebido com um simpático “oi, gente”, frase que convida para um início de tarde repleto de informações sobre o universo esportivo. A responsável por acolher o público com tanta afeição é Alice Bastos Neves, jornalista formada na Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS). Ela diz que não há mais espaço na programação para frieza e afirma que é necessário demonstrar bom humor e carisma. Natural de Pelotas, a apresentadora mudou-se para Porto Alegre aos 4 anos de idade. Quando criança, pensava em ser psicóloga, “provavelmente porque a mãe de alguma colega tinha essa profissão”, brinca.
quem-e-jornalista-e-jornalista-24-horas-por-dia-diz-apresentadora-da-rbsDe segunda a sábado, Alice Bastos Neves está à frente do 'Globo Esporte RS' (Imagem: Natalia Lavratti)Alice ingressou na Famecos em março de 2002, frequentando as aulas do turno da manhã. “Me senti acolhida na Faculdade”, lembra. No mesmo período, prestou vestibular para o curso de Educação Física. Durante três semestres, ela aliou os estudos de Jornalismo com as aulas da Escola de Educação Física (Efed) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas os horários e a rotina de atividades na Famecos acabaram mantendo o foco da apresentadora apenas na produção jornalística.

Durante os anos que frequentou a Faculdade, além de ter se encantado pelo famoso capuccino do bar, Alice se fascinou pelas aulas de rádio, de diagramação e de redação jornalística. “Sempre achei que trabalharia com jornalismo cultural e rádio, mas acabei apenas fazendo um estágio curricular nessa área”, diz. Quando se formou, enviou currículo para a RBS TV. A vaga disponível na época era para repórter. Sem nunca ter feito um teste para trabalhar na televisão, ela encarou o desafio. A proposta da entrevista era ler a “cabeça” de uma matéria. “O teste foi assustador. Quando a luz vermelha acendesse, eu deveria começar a falar”. O texto começou a passar no teleprompter e, somente após ter sido alertada pelo Diretor de Imagem presente no estúdio, Alice começou a gravar o programa. Apesar do nervosismo, ela conquistou a vaga de repórter.

Sobre o período de experiências na graduação, a jornalista reflete que a Famecos proporciona muitas mudanças no jeito de ser, de pensar, de falar e até de se vestir. As lembranças da Universidade e do Prédio 7 são positivas. Muitas tardes foram passadas com os amigos na antiga biblioteca da PUCRS e nos gramados que a cercam. Alice lembra da cerimônia e da festa de formatura como momentos emocionantes. Oradora da turma, ela pensou em escrever um discurso que se adequasse tanto aos formandos, quanto aos professores e aos convidados. “Depois eu fiz um festão. Acho que esse momento tem que ser muito comemorado”, recomenda. À frente do Globo Esporte RS, Alice afirma que nunca sofreu nenhum tipo de preconceito por ser mulher e trabalhar com futebol. Ao final, ela lamenta que esse tipo de pergunta ainda seja feita com recorrência e torce para que, em breve, o questionamento sequer seja cogitado.

Em 2015, Alice apresentou à população gaúcha seu primeiro filho, Martin. No dia a dia de trabalho aliado à maternidade, ela conta com o apoio da família. O marido, David Riesinger, foi atleta de tênis e compreende como é a rotina que envolve a cobertura esportiva. Os pais da pelotense também apoiam a jornada profissional da apresentadora. No início, eles gravavam todas as aparições da filha na televisão em vídeo cassete, orgulhosos. Com o bom humor característico, Alice completa: “quem é jornalista, é jornalista 24 horas por dia”.
(*) Estudante de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS) e integrante do projeto 'Correspondente Universitário' do Portal Comunique-se.
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Fonte: Comunique-se

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