Quem responde é Bruno Rodrigues:
"Não há um redator empresarial, por exemplo, que não tenha passado pela clássica situação em que um gerente qualquer diz à queima-roupa que ‘se tivesse tempo, escreveria uma matéria’. Engolimos essa e outras mais, e vamos em frente.
Se ele poderia escrever? É claro que sim. Digo escrever, redigir. Mas pára por aí. Mesmo assim, poderia até sair um texto razoável. É exceção? Ah, sim, claro que é – mas longe de ser impossível um gerente produzir um bom texto.
Muito cuidado com o que valorizamos em nossas atividades! Um jornalista não é jornalista porque ele tem um bom texto.
Como eu disse à Newwws:
'(...) É o cúmulo, em pleno século 21, continuarmos a associar Jornalismo a “saber português”. (...) Assim como outros conhecimentos básicos, o “saber a língua” é essencial. Mas este é o feijão-com-arroz da atividade. O que faz do jornalista um profissional único é a capacidade de apuração; este, sim, é o conhecimento e a técnica que se aprende e desenvolve, e aquele que tem poder de transformar a sociedade. Se o jornalista continuar a focar apenas na redação, esta será uma atividade sem futuro (...)'."
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