quarta-feira, 26 de junho de 2013

Você sabe onde a maioria dos jornalistas consegue emprego?

Assessoria de imprensa é a maior empregadora da categoria

Em referência ao Dia do Jornalista (7 de abril), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) disponibilizou o relatório final da pesquisa “Perfil profissional do jornalista brasileiro”, baseada em respostas de mais de dois mil profissionais de todo o Brasil. Além do caráter metalinguístico do relatório – o jornalista adotando a si próprio como fonte - os números em si chamam bastante a atenção.

A proporção feminina na área é grande: 64% dos profissionais da imprensa são mulheres. Nesse contexto, porém, os homens recebem salários maiores: 50% têm vencimentos superiores a cinco salários mínimos.
São Paulo revelou ser o grande centro brasileiro jornalístico, por ser o Estado que, sozinho, concentra 40% dos trabalhadores da categoria. Ressalte-se também a quantidade de ex-aprendizes: 76% já foram estagiários. Mesmo assim, podemos perceber que 24% de profissionais ausentes da fase de ensino prático ainda é um número alto, considerando-se o peso do estágio para a profissionalização.

Um destaque importante da pesquisa da Fenaj é a representação da assessoria de imprensa. Afinal, 68% são contratados privativamente como assessores, sendo que todas as outras funções pertinentes ao Jornalismo espremem-se em 32%. Quando o gabarito do pesquisador disponibilizava ao profissional escolher mais de uma atividade desenvolvida, ainda assim venceu o assessoramento, com 88% das escolhas.
artigo-ai"Afinal, 68% são contratados privativamente como assessores, sendo que todas as outras funções
pertinentes ao Jornalismo espremem-se em 32%" (Imagem: Comunique-se Educação)
Tais números confirmam o que já sabíamos. A assessoria de imprensa, apesar de não ser reconhecida como categoria, é a maior empregadora jornalística, tanto de recém-formados como dos profissionais cuja estrada é maior, por vezes expurgados da constante roleta russa dos veículos de mídia. É sabido que o mercado pode ser um pouco “cruel” com os profissionais de pouca vivência ou que já alcançaram uma idade avançada. Podemos conceber a assessoria, portanto, inclusive como cumpridora de importante função social, ao oferecer aos jovens ou experientes jornalistas a oportunidade de mostrar seu valor.

Faça o download do estudo completo promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC, em convênio com a Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

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