O machismo existe em redações brasileiras – e isso não é achismo, há levantamento que comprova tal cenário (dados abaixo). A situação (silenciosa, infelizmente) passa bem despercebida pelo leitor. Mas na segunda-feira, 11, o articulista Guilherme Goulart, do Correio Braziliense, imprimiu no jornal a face de um dos problemas profissionais mais graves na vida da mulher que decide seguir a carreira na comunicação. Na crônica “A Estagiária”, o jornalista escreve de maneira muito natural – pois é assim que a violência contra a mulher acontece – sobre Melissinha, que representa uma estudante que chega ao veículo para estagiar na editoria ‘Cidades’. “(Ela) logo mostrou a que veio. Decotinho perverso, coxas de fora, pezinhos docemente acomodados em sandalinhas rasteiras”, escreve Guilherme Goulart só para começar o texto que mais tarde foi duramente criticado nas redes sociais. Quem leu a versão no impresso certamente teve as mãos impregnadas pelo machismo que escorreu pelas páginas.
Leia a íntegra do editorial do Comunique-se.
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